O
corpo humano reage de formas diferentes em relação ao clima e a natureza
é tão sábia que nos prepara para isso, saindo do intenso calor do verão
para o frescor do outono e só depois vamos ao frio intenso do inverno,
gerando uma mudança gradativa em nosso organismo.
Apesar do que muitos acreditam, não é verdade que sentimos mais sono e
fome no inverno pela necessidade de mantermos a temperatura do corpo.
Para isso, usamos roupas mais quentes e pesadas e aquecedores... Também
nesta época do ano, o sono e o ganho de peso são mais comuns, não para
manter o organismo aquecido, mas por estar mais ligado à preguiça
comum
dessa época em sairmos de casa para a prática de exercícios, fugindo de
uma das regras básicas do Manual do Proprietário de suar uma camiseta
por dia (mesmo em dias frios), sem falar que a tradição e os costumes
nos incitam a pratos quentes e pesados, além da vontade de consumir mais
doces, chocolates e bebidas alcoólicas (alimentos calóricos que parecem
combinar mais com essa estação do ano).
Estes são itens que atrapalham o metabolismo. Mas o que significa isso?
“O metabolismo é o processo que seu corpo utiliza
para transformar todo alimento inserido em um produto final chamado ATP
(adenosina trifosfato), que é nossa ‘moeda da energia”
Para manter a saúde em dia e a temperatura do corpo na
normalidade e essa moeda da energia com saldo positivo, a dica é manter a
malhação e uma dieta adequada e constante o ano todo e, como ninguém é
de ferro, não será pecado quebrar a rotina uma vez por semana. Com o
equilíbrio nos exercícios (diários) e na alimentação (5 refeições ao
dia) aliados a um bom período de sono (média de 8 horas), a máquina
humana só tem a ganhar, mantendo o metabolismo funcionando de forma
satisfatória.
E não dá para falar do sistema metabólico sem citar o sistema
endocrinológico, que precisa estar modulado e, por isso, você e seu
médico devem estar atentos às taxas hormonais, modular tireóide,
suprarenal e hormônios sexuais, todos com efeito direto sobre o
metabolismo. Vale lembrar também que a velocidade metabólica é
determinada geneticamente, o que explica o fato de haver pessoas que
comem muito e não engordam e outras que comem menos e ganham peso com
mais facilidade. Entende-se, com isso, que o metabolismo pode ser mais
lento ou mais acelerado e a dica para o equilíbrio é fazer atividade
física aeróbia para queimar calorias e anaeróbia para manter ou aumentar
a musculatura, que automaticamente produzirá e gastará mais energia.
Estudos recentes confirmam que dormir pouco ou mal aumenta a
probabilidade de obesidade e diabetes, dois grandes motivos para ficar
atento à qualidade do seu sono. Da mesma forma que muitas funções do
nosso organismo são feitas quando estamos acordados, muitas outras
ocorrem enquanto estamos dormindo e são parte do bom funcionamento de
toda a máquina.
O número de refeições também dita o funcionamento metabólico. Por isso
muitos perguntam: Por que comer entre as refeições principais, mesmo sem
fome?
A forma mais simples de entender esta regra da nutrição é
exemplificando... Nosso ancestral podia caçar um animal e se fartar dele
por dias ou podia ficar um bom tempo sem sair da caverna para caçar.
Assim, nosso organismo traz a informação genética de que devemos
armazenar tudo o que comemos, pois não sabemos quando virá mais
alimento. Ao aprendemos a comer fracionado, nosso corpo entende que terá
sempre alimentos e diminui essa carga genética. Outro motivo é que ao
comer várias vezes ao dia, somos obrigados a ligar mais vezes todo o
“equipamento do tubo digestivo” e isso, além de gastar mais energia,
mantém o metabolismo acelerado.
Não importa a estação do ano, o essencial é manter o corpo saudável e um
dos fatores primordiais é este metabolismo ativo, garantia fornecida
pela movimentação do físico, por uma alimentação equilibrada (preconizo a
de baixo índice glicêmico) e um sono de qualidade.
por: Edmond Saab Jr., Dr.
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