9 de nov. de 2011

Metabolismo nota 10 = exercícios + alimentação + sono


O corpo humano reage de formas diferentes em relação ao clima e a natureza é tão sábia que nos prepara para isso, saindo do intenso calor do verão para o frescor do outono e só depois vamos ao frio intenso do inverno, gerando uma mudança gradativa em nosso organismo. 

Apesar do que muitos acreditam, não é verdade que sentimos mais sono e fome no inverno pela necessidade de mantermos a temperatura do corpo. 
Para isso, usamos roupas mais quentes e pesadas e aquecedores... Também nesta época do ano, o sono e o ganho de peso são mais comuns, não para manter o organismo aquecido, mas por estar mais ligado à preguiça
comum dessa época em sairmos de casa para a prática de exercícios, fugindo de uma das regras básicas do Manual do Proprietário de suar uma camiseta por dia (mesmo em dias frios), sem falar que a tradição e os costumes nos incitam a pratos quentes e pesados, além da vontade de consumir mais doces, chocolates e bebidas alcoólicas (alimentos calóricos que parecem combinar mais com essa estação do ano).

Estes são itens que atrapalham o metabolismo. Mas o que significa isso? 

“O metabolismo é o processo que seu corpo utiliza para transformar todo alimento inserido em um produto final chamado ATP (adenosina trifosfato), que é nossa ‘moeda da energia” 
Para manter a saúde em dia e a temperatura do corpo na normalidade e essa moeda da energia com saldo positivo, a dica é manter a malhação e uma dieta adequada e constante o ano todo e, como ninguém é de ferro, não será pecado quebrar a rotina uma vez por semana. Com o equilíbrio nos exercícios (diários) e na alimentação (5 refeições ao dia) aliados a um bom período de sono (média de 8 horas), a máquina humana só tem a ganhar, mantendo o metabolismo funcionando de forma satisfatória.

E não dá para falar do sistema metabólico sem citar o sistema endocrinológico, que precisa estar modulado e, por isso, você e seu médico devem estar atentos às taxas hormonais, modular tireóide, suprarenal e hormônios sexuais, todos com efeito direto sobre o metabolismo. Vale lembrar também que a velocidade metabólica é determinada geneticamente, o que explica o fato de haver pessoas que comem muito e não engordam e outras que comem menos e ganham peso com mais facilidade. Entende-se, com isso, que o metabolismo pode ser mais lento ou mais acelerado e a dica para o equilíbrio é fazer atividade física aeróbia para queimar calorias e anaeróbia para manter ou aumentar a musculatura, que automaticamente produzirá e gastará mais energia. 

Estudos recentes confirmam que dormir pouco ou mal aumenta a probabilidade de obesidade e diabetes, dois grandes motivos para ficar atento à qualidade do seu sono. Da mesma forma que muitas funções do nosso organismo são feitas quando estamos acordados, muitas outras ocorrem enquanto estamos dormindo e são parte do bom funcionamento de toda a máquina.
O número de refeições também dita o funcionamento metabólico. Por isso muitos perguntam: Por que comer entre as refeições principais, mesmo sem fome? 

A forma mais simples de entender esta regra da nutrição é exemplificando... Nosso ancestral podia caçar um animal e se fartar dele por dias ou podia ficar um bom tempo sem sair da caverna para caçar. Assim, nosso organismo traz a informação genética de que devemos armazenar tudo o que comemos, pois não sabemos quando virá mais alimento. Ao aprendemos a comer fracionado, nosso corpo entende que terá sempre alimentos e diminui essa carga genética. Outro motivo é que ao comer várias vezes ao dia, somos obrigados a ligar mais vezes todo o “equipamento do tubo digestivo” e isso, além de gastar mais energia, mantém o metabolismo acelerado. 

Não importa a estação do ano, o essencial é manter o corpo saudável e um dos fatores primordiais é este metabolismo ativo, garantia fornecida pela movimentação do físico, por uma alimentação equilibrada (preconizo a de baixo índice glicêmico) e um sono de qualidade. 


por: Edmond Saab Jr., Dr.

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